Financiamento imobiliário sem entrada: mito ou realidade?

Quando se começa a pesquisar, surge uma dúvida que não sai da cabeça: financiamento imobiliário sem entrada, isso existe mesmo ou é conversa fiada?

Se você está nessa busca, provavelmente já percebeu que juntar dinheiro para dar de entrada não é fácil, ainda mais com contas atrasadas, salário apertado e aquele medo constante de não conseguir fechar negócio. E é justamente sobre isso que vamos falar hoje.

Será que dá para financiar um imóvel sem pagar entrada? Bora entender a realidade por trás desse tema que gera tanta expectativa.

Afinal, é possível financiar um imóvel sem entrada?

Quando o assunto é financiamento imobiliário sem entrada, a verdade é que essa opção não é tão simples quanto parece. A maioria dos bancos e instituições financeiras exige, sim, um valor de entrada, que costuma ser entre 10% e 30% do valor do imóvel.

Por quê? Simples. A entrada funciona como uma garantia inicial para quem empresta o dinheiro. Isso mostra que você também está comprometido com o negócio. Além disso, quanto maior for a entrada, menor será o valor financiado, e, consequentemente, as parcelas ficam mais baratas.

Mas, calma aí! Apesar disso, existem algumas alternativas que acabam funcionando como uma espécie de “financiamento sem entrada”. 

Opções de substituição ao financiamento imobiliário sem entrada

São opções que não eliminam o custo, mas ajudam a driblar a falta de dinheiro guardado.

Por exemplo:

• Uso do FGTS: se você tem saldo no Fundo de Garantia, pode usar esse dinheiro para abater a entrada ou até parte do financiamento.
  
• Subsídios de programas habitacionais: em alguns casos, programas como o Minha Casa, Minha Vida oferecem uma grana de apoio, que reduz bastante o valor da entrada.
  
• Financiamentos de 100% do imóvel: são bem raros, mas alguns bancos podem, eventualmente, oferecer essa condição para imóveis específicos ou em parcerias com construtoras. Porém, as taxas costumam ser mais altas.

Quais são os riscos de financiar sem entrada?

É importante abrir o olho. Financiar 100% do valor do imóvel significa que a dívida fica maior, o prazo pode ser mais longo e, no fim das contas, você paga mais juros.

Outro ponto é que, sem entrada, as chances de aprovação podem diminuir, especialmente se seu nome estiver negativado ou se você não tiver uma boa análise de crédito.

Por isso, antes de entrar num financiamento desse tipo, vale colocar tudo na ponta do lápis. Veja se a parcela realmente cabe no seu bolso, se sobra dinheiro para as despesas do dia a dia e, principalmente, se você consegue manter esse compromisso por muitos anos.

E então… financiamento imobiliário sem entrada é mito ou realidade?

A resposta é: nem mito, nem 100% realidade. Na prática, existem jeitos de viabilizar o sonho da casa própria mesmo sem dinheiro guardado, mas não dá para dizer que seja um financiamento “sem custo inicial” de forma mágica.

Usar o FGTS, contar com subsídios ou buscar parcerias com construtoras pode ser uma saída. No entanto, é sempre bom lembrar que qualquer financiamento é uma dívida de longo prazo. Por isso, planejamento é palavra-chave.

Seja qual for sua situação, vale a pena pesquisar, comparar as condições dos bancos e entender qual caminho faz mais sentido para você e sua família. Afinal, entrar num financiamento é uma decisão que impacta sua vida por muitos anos.

Escrito por

Ellen Queiroz