Como funciona o financiamento de terreno + construção pela Caixa e outros bancos: entenda passo a passo

O financiamento de terreno e construção da Caixa, também oferecido por outros bancos, surge quando quem sonha em ter a casa própria esbarra em um desafio: falta de dinheiro para comprar o terreno e construir. 

Esse tipo de crédito pode ser uma saída para quem não tem como pagar tudo à vista, mas quer começar o projeto da casa dos sonhos. Neste artigo, vamos explicar, de forma simples, como ele funciona, quais são as regras e o que muda de um banco para outro.

O que é o financiamento de terreno e construção?

Em vez de pegar um financiamento só para comprar o terreno ou só para construir, esse modelo permite fazer as duas coisas no mesmo contrato. Funciona assim: o banco libera o dinheiro para comprar o lote e, depois, libera aos poucos (em etapas) os valores para a obra. Na Caixa, por exemplo, o pagamento pode ser feito em até 35 anos, com parcelas que variam de acordo com o valor emprestado e a renda da família.

Outros bancos, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, também oferecem essa modalidade. No geral, todos seguem regras parecidas: exigem entrada, análise de crédito e um projeto aprovado da construção.

Como o dinheiro é liberado pela Caixa?

Esse é um ponto importante: o banco não entrega todo o dinheiro da construção de uma vez. Primeiro, a Caixa libera o valor para o terreno. Depois, conforme a obra avança, engenheiros vistoriadores do banco avaliam cada etapa concluída e só então liberam a próxima parte do financiamento. Isso ajuda a garantir que o dinheiro seja usado corretamente e que a obra siga o cronograma.

Em outros bancos, o processo costuma ser semelhante, mas os critérios de avaliação e os prazos de vistoria podem mudar. Por isso, vale comparar antes de fechar contrato.

Quem pode solicitar?

Normalmente, pode pedir esse financiamento quem:

• Tem mais de 18 anos e renda comprovada;
  
• Passa na análise de crédito do banco;
  
• Apresenta projeto da obra aprovado pela prefeitura;
  
• Consegue dar um valor de entrada (que varia conforme o banco e o valor do imóvel).

Na Caixa, famílias com renda menor também podem ter acesso a linhas com juros reduzidos dentro dos programas habitacionais, o que facilita para quem está com o orçamento apertado.

Custos envolvidos

Além das parcelas do financiamento, há outros custos que precisam entrar no planejamento:

• Taxa de avaliação do terreno e da obra;
  
• Despesas com escritura e registro do imóvel;
  
• Seguro obrigatório (geralmente incluso na parcela);
  
• Gastos extras da construção que não entram no financiamento.

Ignorar essas despesas pode apertar o bolso e comprometer o andamento da obra.

Planejamento é a chave para evitar dor de cabeça

O financiamento de terreno e construção da Caixa e de outros bancos pode ser um caminho para quem quer sair do aluguel e ter uma casa feita do seu jeito. Mas, sem planejamento, ele pode virar um peso difícil de carregar. 

Por isso, antes de assinar qualquer contrato, vale colocar tudo na ponta do lápis, comparar as condições dos bancos e pensar se as parcelas cabem no orçamento sem comprometer necessidades básicas. Ter clareza sobre cada etapa é o primeiro passo para que o sonho da casa própria não vire um problema financeiro.

Escrito por

Ellen Queiroz