Vale a pena antecipar contas com o 13º ou com o saque-aniversário do FGTS?
Descubra se vale a pena antecipar contas usando o 13º salário ou o saque-aniversário do FGTS e saiba quando essa escolha realmente ajuda.
Antecipar contas é algo que muita gente considera quando cai um dinheiro extra, como o 13º salário ou o saque-aniversário do FGTS.

Para quem vive com o orçamento apertado, dívidas acumuladas e até o nome negativado, a ideia de usar esse valor para “zerar os boletos” parece uma solução rápida. Mas será que isso realmente ajuda a melhorar as finanças ou só resolve o problema por pouco tempo?
Neste post, vamos explicar as diferenças entre usar o 13º salário e o saque-aniversário do FGTS para pagar dívidas, mostrar quando essa escolha pode ser vantajosa e quais cuidados tomar para não se enrolar de novo depois.
Por que tanta gente pensa em antecipar contas?
Quem está endividado geralmente vive com o salário comprometido. Contas de água, luz, cartão de crédito e empréstimos se acumulam, e o pagamento de juros faz a dívida crescer rapidamente. Quando surge a possibilidade de receber o 13º ou sacar parte do FGTS, a sensação é de alívio: finalmente vai dar para “colocar a casa em ordem”.
Esse pensamento é comum e faz sentido. Pagar dívidas ou quitar contas atrasadas reduz a pressão, evita cortes de serviços e pode até impedir processos de cobrança. Mas antes de usar todo o dinheiro para isso, vale analisar o peso de cada dívida e entender se não existe um jeito melhor de usar esses recursos.
13º salário x saque-aniversário: qual é a diferença?
O 13º salário é um direito de quem trabalha com carteira assinada. Ele entra na conta normalmente no fim do ano (às vezes parte é paga antes), sem descontos adicionais. Isso significa que o dinheiro chega integralmente, sem juros ou taxas.
Já o saque-aniversário do FGTS funciona de outra forma: é uma antecipação do que você só poderia sacar no futuro. Quando o trabalhador opta por essa modalidade, ele retira uma parte do saldo do FGTS anualmente, mas perde o direito ao saque integral em caso de demissão sem justa causa. Se escolher fazer um adiantamento maior (empréstimo usando o FGTS como garantia), aí, sim, existem juros e custos envolvidos.
Por isso, antecipar contas com o 13º costuma ser menos arriscado do que com o saque-aniversário, já que este último reduz a reserva para emergências no futuro e pode encarecer o valor final devido às taxas.
Como decidir se vale a pena usar esse dinheiro para quitar dívidas?
A resposta depende do tipo de dívida e da situação da família. Uma conta de luz ou água atrasada, que pode resultar em corte imediato do serviço, merece prioridade. Dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial, também entram na lista de urgências.
Por outro lado, se a dívida tem juros baixos ou está sendo paga em parcelas que cabem no orçamento, talvez seja melhor guardar parte do 13º ou do FGTS para imprevistos, evitando que novas dívidas apareçam.
Uma dica prática é listar todas as dívidas e anotar quanto cada uma cobra de juros. A partir disso, dá para decidir quais quitar primeiro e se vale usar todo ou só parte do dinheiro extra.
Antecipar contas sem se enrolar de novo
Antecipar contas com o 13º ou com o saque-aniversário do FGTS pode sim aliviar o peso das dívidas, mas sem planejamento o alívio dura pouco. O ideal é priorizar as contas que causam maiores prejuízos ou juros, e reservar um pedaço do dinheiro para emergências. Assim, fica mais fácil sair do aperto sem criar outro buraco financeiro no futuro.