Como calcular o custo real do empréstimo: evite surpresas no seu bolso

Descubra como calcular o custo real do empréstimo, entendendo o CET, taxas adicionais e fazendo escolhas mais inteligentes.

O custo real do empréstimo inclui não só os juros, mas também uma série de outras despesas que podem pesar bastante no bolso. Mas como saber se aquele empréstimo é realmente uma boa opção?

Entenda todos os custos envolvidos em um empréstimo antes de assinar o contrato e evite surpresas no seu orçamento. (Foto: Canva)

Vamos entender como calcular o custo total e evitar armadilhas que podem transformar um alívio financeiro em um grande problema.

Por que saber o custo real do empréstimo é importante?

Imagine a seguinte situação: você precisa de dinheiro rápido para cobrir uma emergência. A primeira oferta de empréstimo que surge parece ser uma solução ideal. Contudo, após assinar o contrato, você percebe que as parcelas estão mais altas do que esperava. 

Isso acontece porque muitas vezes não consideramos o custo real do empréstimo, que vai muito além da taxa de juros anunciada. É nesse momento que bate o arrependimento. Por isso, calcular o custo total antes de tomar a decisão é crucial.

Como calcular o custo real do empréstimo?

Abaixo, listamos os principais elementos que fazem parte desse cálculo:

1. Taxa de juros

A taxa de juros é o valor percentual que o banco ou instituição financeira cobra sobre o valor emprestado. Quanto maior a taxa, mais caro será o empréstimo. 

2. CET (Custo Efetivo Total)

O CET inclui todos os encargos e despesas relacionadas ao empréstimo. Isso abrange taxas administrativas, IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), seguros obrigatórios e outras tarifas. 

Dica: sempre peça o CET antes de assinar qualquer contrato. Isso dá uma visão mais clara do verdadeiro custo do empréstimo.

3. Seguros e taxas adicionais

Muitas instituições financeiras oferecem seguros atrelados ao empréstimo, como seguro de vida ou proteção contra desemprego. Esses seguros são adicionados automaticamente ao valor das parcelas, aumentando o custo total.

4. Parcelas e prazo de pagamento

Quanto maior o prazo, menores as parcelas. Mas atenção: um prazo mais longo também significa pagar mais juros ao longo do tempo. Fazer simulações com diferentes prazos pode te ajudar a entender como isso afeta o custo final.

Exemplo prático para calcular o custo real

Vamos a um exemplo prático para entender melhor:

  • Valor do empréstimo: R$ 10.000
  • Taxa de juros: 2% ao mês
  • Prazo: 24 meses
  • Taxas extras (CET): 3% ao mês, considerando todas as tarifas adicionais

Ao calcular o valor total das parcelas com esses dados, você perceberá que o custo real do empréstimo é significativamente maior que apenas os juros anunciados. Por isso, é essencial prestar atenção ao CET e outros custos embutidos.

Como comparar ofertas e escolher o melhor empréstimo?

Agora que você sabe como calcular o custo real do empréstimo, é hora de usar essa informação para tomar decisões mais inteligentes. Aqui estão algumas dicas rápidas:

  • Faça simulações online: muitas instituições financeiras oferecem simuladores que ajudam a calcular o custo total do empréstimo antes mesmo de solicitar.
  • Compare o CET, não só a taxa de juros: instituições que oferecem juros mais baixos podem compensar com altas tarifas e seguros. Por isso, sempre compare o CET.
  • Leia o contrato com atenção: fique atento às letras miúdas e, se necessário, peça para o consultor explicar detalhadamente todos os custos envolvidos.

Evitar surpresas desagradáveis

Embora seja tentador focar apenas na taxa de juros, olhar para o CET e outras despesas associadas ao empréstimo pode fazer toda a diferença no seu orçamento. 

Lembre-se, um empréstimo pode ser uma excelente ferramenta para resolver problemas financeiros, mas somente se for usado com sabedoria.

Ellen Queiroz
Escrito por

Ellen Queiroz

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