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Imóvel em leilão: o que a lei permite e o banco exige

Descubra se é possível financiar um imóvel em leilão, o que a lei permite e quais são as exigências dos bancos.

Comprar um imóvel em leilão pode parecer uma saída inteligente para quem busca um lugar para morar pagando menos. 

Financiar um imóvel em leilão é possível, mas exige atenção aos detalhes que o banco e a lei pedem. (Foto: Canva)

Para muita gente, essa ideia surge justamente quando o dinheiro está curto e o nome está negativado. O sonho da casa própria parece bem distante. 

Mas será que dá para financiar um imóvel em leilão? O que a lei permite? O que o banco exige? É isso que vamos explicar de forma simples, sem enrolação.

Imóvel em leilão é oportunidade, mas tem regras

Quem nunca se pegou sonhando com aquela casa incrível que apareceu num site de leilões por um valor bem abaixo do mercado? O leilão realmente pode trazer bons negócios, principalmente imóveis retomados por falta de pagamento. Só que, com o desconto, vem também uma série de cuidados e exigências.

A lei brasileira permite, sim, que um imóvel em leilão seja financiado, mas nem sempre é tão simples. Tudo depende da situação do imóvel, do tipo de leilão (judicial ou extrajudicial) e, claro, das regras do banco.

E aí entra uma dor comum: a maioria das pessoas que mais precisa desse tipo de compra não tem o dinheiro à vista, o que torna o financiamento a única saída possível. Mas o problema é que muitos bancos não financiam imóveis que continuam ocupados ou com pendências judiciais. E se o fazem, o processo costuma ser mais demorado e burocrático do que em uma compra comum.

O que o banco quer ver antes de liberar o financiamento?

Antes de qualquer coisa, o banco analisa o estado do imóvel. Se ele estiver com a documentação toda regular (matrícula em dia, sem dívidas de IPTU ou condomínio, e sem ação judicial correndo), as chances aumentam.

Outro ponto: muitos bancos exigem que o imóvel já esteja desocupado. Isso porque, se houver necessidade de tirar moradores antigos, o processo pode ir parar na Justiça, o que eles preferem evitar.

Além disso, mesmo que o imóvel seja mais barato no leilão, o banco faz uma avaliação própria do valor e só financia até um certo percentual desse valor (geralmente 70% a 80%). Ou seja, o comprador precisa ter dinheiro guardado para dar de entrada.

Ah, e vale lembrar: mesmo se você estiver negativado, alguns bancos analisam mais o imóvel do que o seu nome. Mas cada caso é um caso, e isso varia bastante de instituição para instituição.

Dá para participar de leilão financiando? 

Se você está pensando em entrar nesse mundo, o ideal é seguir alguns passos com calma:

  1. Escolha o imóvel com atenção: veja se ele está regularizado, desocupado e com documentação acessível;
  2. Consulte o edital do leilão: tudo o que você pode ou não pode fazer está lá;
  3. Converse com o banco antes: descubra se ele aceita financiar o imóvel em leilão que você escolheu;
  4. Tenha uma entrada preparada: dificilmente o banco vai financiar 100% do valor;
  5. Se puder, busque ajuda jurídica: um advogado pode evitar dores de cabeça futuras.

Imóvel em leilão vale a pena e exige atenção

O imóvel em leilão atrai justamente quem mais precisa de uma chance: gente sem dinheiro sobrando, muitas vezes endividada e com poucas opções no mercado tradicional. Mas é justamente por isso que todo cuidado é pouco. 

Antes de se empolgar com o preço, vale a pena entender tudo que envolve esse tipo de compra. E mais importante: conversar com o banco e buscar orientação. O leilão pode ser uma porta de entrada, mas você precisa ter clareza dos riscos para não acabar entrando numa enrascada ainda maior.

Ellen Queiroz
Escrito por

Ellen Queiroz